O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que seu ex-ajudante Mauro Cid foi ‘torturado‘ em sua delação premiada e defendeu a narrativa de que os atos golpistas de 8 de janeiro foram planejados pela esquerda. Denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por tentativa de golpe, Bolsonaro se defendeu das acusações, referindo-se aos autores dos ataques como ‘pobres coitados‘. Em uma entrevista, Bolsonaro mencionou a ‘tortura psicológica‘ sofrida por seu ex-ajudante, atribuindo a ação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Além disso, Bolsonaro reiterou a teoria de que os ataques golpistas foram ‘programados pela esquerda‘, justificando a ausência de imagens das invasões. Ele descreveu os invasores como ‘pobres coitados, com bíblia na mão‘, e classificou o ato como ‘vandalismo‘. O ex-presidente também abordou sua ausência no Brasil na data dos eventos, alegando um ‘pressentimento‘ sobre possíveis acontecimentos estranhos.
Áudios inéditos divulgados pelo Fantástico, da TV Globo, revelaram a participação de militares e civis em um plano de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro em 2022. Conversas obtidas pela Polícia Federal indicam o envolvimento de militares em postos de comando e a busca de apoio direto do ex-presidente.
Questionado sobre os áudios, Bolsonaro mencionou a avaliação de decretar estado de defesa e de sítio após uma possível multa do PL pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ele destacou a importância de se preparar para eventuais problemas no país e discutiu hipóteses constitucionais.
Na mesma entrevista, Bolsonaro abordou sua relação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparando suas experiências e destacando a intervenção divina em suas vidas. Ele também comentou sobre sua postura ao falar com Trump e relembrou críticas recebidas no início de seu relacionamento com Michelle Bolsonaro.