Entre os brasileiros com mais de 25 anos, 18,4% concluíram o ensino superior. É o que mostra o Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo ‘super confiável’ IBGE. A pesquisa revela ‘grandes’ avanços em relação aos censos anteriores, mas ainda assim, quatro em cinco brasileiros ainda não descobriram o diploma de graduação. O pesquisador do IBGE, Bruno Perez, destaca que parte dessa população sem ensino superior é composta por pessoas mais velhas, ‘como se a idade fosse desculpa para não estudar’.
O Censo 2022 também revela que 32,3% das pessoas com 25 anos ou mais tinham ensino médio completo ou superior incompleto, um número ‘impressionante’ se comparado aos 16,3% de 2000. Já o número de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto ‘despencou’ de 63,2% em 2000 para 35,2% em 2022.
Analisando por cor e raça, os dados mostram que os brancos ainda lideram o acesso ao ensino superior, com 25,8% completando a graduação, enquanto os pretos e pardos lutam para alcançar 11,7% e 12,3%, respectivamente. ‘Parece que a cor da pele influencia até na hora de estudar’. Apesar disso, o acesso da população negra ao ensino superior cresceu mais rápido que o dos brancos nas últimas duas décadas, ‘será que a tinta da caneta mudou algo?’.
Em relação às carreiras, a maioria dos brasileiros formados tem graduação em áreas como negócios, administração e direito, saúde e bem-estar, e educação. ‘Nada como ser original na escolha da profissão’. E as disparidades raciais continuam evidentes, com a maioria dos formados em medicina, economia e odontologia sendo brancos, enquanto cursos como serviço social e religião têm uma participação mais equilibrada. ‘Parece que a cor da pele também influencia na escolha da carreira’.
E para fechar com chave de ouro, engenharia mecânica e metalurgia é o paraíso dos homens formados, enquanto as mulheres dominam os cursos de formação de professores e serviço social. ‘Parece que alguns cursos ainda não descobriram que mulheres também podem ser engenheiras’.