Após um início mais lento do que o esperado, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China começou a esquentar. O presidente Donald Trump anunciou uma série de ações contra Pequim nos últimos sete dias, com mais medidas previstas para o próximo mês. A resposta de Pequim tem sido moderada até agora, mas o presidente Xi Jinping tem opções para contra-atacar, o que pode aumentar o risco de um conflito difícil de conter ou agravar os problemas econômicos da China.
Veja as possíveis retaliações de Xi e os riscos associados a elas para os mercados:
- Enfraquecer o yuan: Uma desvalorização do yuan tornaria as exportações chinesas mais competitivas, mas poderia aumentar o superávit comercial, provocar fuga de capitais e desestimular investimentos estrangeiros.
- Restringir exportações de insumos estratégicos: Restrições a exportações de metais especiais podem acelerar a diversificação das cadeias de suprimentos e reduzir a dependência de Pequim.
- Atingir empresas americanas: Restrições comerciais a empresas como Apple e Microsoft podem levar a retaliações dos EUA e boicotes de consumidores chineses.
- Fortalecer alianças com outros países: Buscar apoio de aliados pode ser arriscado se os países optarem por não tomar partido na rivalidade EUA-China.
- Vender títulos do Tesouro dos EUA: A venda de títulos da dívida americana pela China pode aumentar os juros da dívida dos EUA e provocar turbulências nos mercados financeiros globais.
A China enfrenta um desequilíbrio de forças devido ao seu superávit comercial com os EUA, limitando suas opções de retaliação. Os impactos da guerra comercial podem ser maiores do que o esperado, prejudicando os consumidores americanos e subestimando a dependência das importações chinesas.