O volume de transações no e-commerce internacional está em queda, segundo dados da Receita Federal analisados pelo JPMorgan.
Em janeiro, o número de pacotes processados dentro do programa Remessa Conforme ficou em torno de 11 milhões, abaixo dos 14 milhões de novembro de 2024. A redução no volume financeiro foi de 6% em comparação anual, enquanto a quantidade de pacotes caiu 27% em relação ao ano anterior.
Mesmo com a desvalorização do real, o tíquete médio das compras em dólar permanece alto, favorecendo varejistas nacionais como Lojas Renner (LREN3), Hering (AZZA3), Mercado Livre (MELI3), Magazine Luiza (MGLU3), Petz (PETZ3) e C&A (CEAB3).
A tendência deve se intensificar com o aumento do ICMS em abril, elevando a carga tributária para 44% sobre compras internacionais de até US$ 50. Apesar das reclamações dos consumidores, a mudança na tributação visa equilibrar as regras fiscais entre empresas locais e estrangeiras.
Enquanto varejistas brasileiros comemoram, gigantes internacionais como Shein e AliExpress criticam a medida. Analistas apontam que empresas brasileiras de vestuário e comércio eletrônico, como Lojas Renner, C&A, Mercado Livre e Magazine Luiza, serão beneficiadas.
A competição no mercado é intensa, com a chegada da Temu ao Brasil, aumentando a pressão sobre o varejo nacional.