O pacote fiscal ‘tímido’ detalhado pelo governo criou um sentimento ruim no mercado, pressionando as próximas decisões do Banco Central para a Selic. Os juros futuros dispararam, chegando a níveis não vistos desde o governo Dilma Rousseff.
Walter Maciel, CEO da gestora AZ Quest, prevê uma ‘elevação brutal’ de juros devido aos últimos anúncios, indicando a perda de credibilidade do governo. Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, destaca a rápida depreciação do real e a possibilidade de mudanças na política monetária. Igor Macedo de Lucena prevê que o dólar atingirá R$ 6 como novo piso, alertando para a dominância fiscal e a incapacidade do Banco Central de controlar a inflação sem soluções fiscais. A dívida pública pode ultrapassar 100% do PIB em 2030, mesmo com ajustes propostos insuficientes para estabilizá-la. As medidas anunciadas dificultam a manutenção do arcabouço fiscal a longo prazo, gerando ceticismo no mercado.