Após semanas de espera, o pacote fiscal finalmente foi apresentado na semana passada. Ainda que a maioria das reações já tenha se apresentado nos últimos dias, com o dólar atingindo seu maior patamar histórico aos R$ 6,00, o Ibovespa em queda e as taxas de juros alcançando recordes, o mercado continua atento aos desdobramentos.
Esta semana, o destaque será o anúncio do PIB do terceiro trimestre no Brasil, com expectativa de avanço de 0,9% na comparação trimestral e 4,1% no acumulado anual, segundo a XP Investimentos. Além disso, importantes divulgações do mercado de trabalho dos EUA, como o relatório JOLTS, ADP e o payroll, serão acompanhadas de perto. Esses dados precedem a próxima reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve, agendada para 18 de dezembro.
Na ferramenta FedWatch, do CME Group, as apostas indicam mais um corte de 0,25 pontos-base. Os investidores estarão atentos para verificar se as projeções se mantêm nessa direção ou se há possibilidade de manutenção das taxas atuais. A agenda desta segunda-feira inclui a participação de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em despachos internos em São Paulo, e de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, como palestrante no evento Fórum Político da XP Investimentos.
No cenário internacional, destaca-se o pedido do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, para que a Ucrânia seja convidada a fazer parte da OTAN, em meio aos avanços da Rússia no conflito. Além disso, o presidente dos EUA, Joe Biden, concedeu perdão executivo a seu filho por delitos cometidos até 2024. No âmbito econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou a possibilidade de revisão das medidas fiscais em alguns meses, caso necessário.
O governo brasileiro enfrenta um rombo estimado em R$ 64,4 bilhões, mesmo após anunciar cortes de gastos. A busca por avançar com o ajuste fiscal na Câmara e as nomeações para o Banco Central são temas em destaque. A empresa RD (RADL3) elevou suas projeções de abertura de lojas para os próximos anos. Esses e outros eventos políticos e corporativos impactam diretamente o cenário econômico e financeiro nacional e internacional.