Este ano foi marcado por uma série de dificuldades para o mercado brasileiro, que novamente ficou aquém das expectativas, com o índice Ibovespa apresentando uma queda de 24% em dólar, enquanto os mercados globais e emergentes seguiram em alta. Para 2025, o cenário continua incerto, com inflação em alta e expectativas de juros elevados, o que coloca em dúvida a recuperação da economia brasileira, segundo relatório da XP.
Com uma visão nada animadora para 2025, a XP Investimentos mantém uma visão neutra sobre as ações brasileiras para o próximo ano. A alta das taxas de juros e a incerteza fiscal, dizem os analistas, continuam sendo os principais obstáculos para o mercado. Eles afirmam que a reforma fiscal recentemente aprovada pelo governo, com o aumento da isenção do imposto de renda, não conseguiu dissipar as preocupações dos investidores, sendo vista como um agravante para o quadro fiscal do país.
Ao considerar que a taxa Selic pode ultrapassar 13% nos próximos meses, analistas realizaram uma análise de sensibilidade para avaliar os efeitos dessa alta sobre o mercado de ações brasileiro. A análise da corretora revela que alguns setores são mais sensíveis às alterações nas taxas de juros devido à sua estrutura de financiamento e à dinâmica de consumo.
Por outro lado, há setores que devem apresentar bom posicionamento diante da alta da Selic. Bens de capital, alimentos e bebidas e agro são menos sensíveis às taxas de juros, com impactos mais limitados.
No que diz respeito aos P/L projetados para 2025, algumas empresas se destacam, como PetroReconcavo (RECV3), Minerva (BEEF3) e Brava (BRVA3). Quanto às projeções de lucro por ação (LPA) para as ações do Ibovespa, as expectativas para 2025 são de um aumento significativo.
Como parte de sua estratégia, a XP ajustou sua carteira de ações, adicionando JBS (JBSS3) e aumentando sua posição em Petrobras (PETR4), entre outras mudanças.