Com as taxas de juros futuras atingindo recordes nos últimos dias, analistas já precificam uma alta mais expressiva na taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para quarta-feira. “Esperamos que o comitê anuncie uma elevação de 1,00 ponto percentual na taxa Selic para enfrentar o cenário adverso de câmbio e inflação”, avalia a equipe de economia da XP Investimentos.
Antes disso, nesta segunda-feira (9), às 8h, será divulgado o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) referente à primeira quadrissemana de dezembro, que oferece uma visão sobre a evolução da inflação. Às 8h25, será publicado o Boletim Focus, com as expectativas de inflação e taxa de juros do mercado para os próximos meses, com impacto direto nas projeções econômicas.
Nos Estados Unidos, às 11h, será divulgado o relatório sobre as Expectativas de Inflação pelo Federal Reserve de Nova York, que auxilia na análise sobre o comportamento futuro da política monetária. Às 12h, saem dois indicadores importantes: o Índice de Tendências de Emprego, que reflete o desempenho do mercado de trabalho, e os dados sobre Vendas e Estoques no Atacado de outubro, que fornecem uma visão do ritmo de atividade econômica e do comportamento dos estoques nas cadeias produtivas, que servem para as expectativas sobre o crescimento econômico e as ações do Fed.
Além disso, a diretora do Federal Reserve, Michelle Bowman, expressou preocupação com a inflação nos Estados Unidos, destacando os riscos para a economia e a necessidade de cautela nas decisões sobre cortes na taxa de juros. A situação política na Síria e as declarações do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, também trazem incertezas para o cenário internacional.
No Brasil, a contratação de beneficiários do Bolsa Família e os acordos comerciais com o Mercosul e outros países apresentam desafios, como a necessidade de estimular a participação da população em programas sociais no mercado de trabalho e a resistência de alguns países em relação aos acordos comerciais.
Diante desse contexto, é importante estar atento aos desafios e riscos econômicos que podem surgir com as mudanças nas taxas de juros, inflação e acordos comerciais, impactando diretamente a economia nacional e internacional.