O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comparou a proposta de fusão entre as companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) a uma dança no ar, onde elas já controlam 60% do mercado. Ele afirmou que a possível fusão pode fortalecer as empresas, evitando um pouso forçado. As companhias assinaram um Memorando de Entendimentos (MoU) com o objetivo de explorar uma combinação de operações no Brasil.
Costa Filho destacou que o processo já era acompanhado pelo Ministério de Portos e Aeroportos há um ano e meio, e a assinatura do MoU mostra um avanço na agenda de entendimentos das companhias. Ele comparou o mercado brasileiro a um avião em turbulência, com grandes fusões ocorrendo no mundo. Apesar de antecipar que a fusão não altera o cenário do mercado brasileiro, o ministro ressaltou que uma posição detalhada só será dada após a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Ele comparou a fusão a uma federação partidária, onde as empresas estão juntas, mas mantêm suas governanças individuais. Conforme os termos do memorando, a companhia resultante da fusão deve ser uma corporation, sem controle definido. O CEO da Azul, John Rodgerson, mencionou que a fusão cria uma empresa mais forte e tem previsão de ser concluída em 2025. A fusão prevê a conversão das ações preferenciais em ações ordinárias, listadas no Novo Mercado da B3 e na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).