O governo Trump anunciou novas diretrizes que permitem à Agência de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) deportar rapidamente imigrantes que foram admitidos temporariamente nos Estados Unidos sob programas do governo Biden.
Um memorando interno revela que a medida visa utilizar poderes amplos, anteriormente restritos a encontros na fronteira sul, para remover rapidamente esses migrantes.
Os programas afetados incluem o CBP One, um aplicativo que permitia aos migrantes agendar entradas nos EUA, e uma iniciativa que acolhia migrantes de Cuba, Nicarágua, Venezuela e Haiti.
Essas iniciativas eram parte dos esforços do governo Biden para desencorajar entradas ilegais, oferecendo caminhos legais.
A nova diretriz também pode impactar imigrantes afegãos e ucranianos.
Os programas da era Biden enfrentaram críticas de republicanos, incluindo membros da administração Trump, que os viam como facilitadores de imigração ilegal disfarçados de programas governamentais.
O memorando sugere que a deportação pode ocorrer independentemente do status legal temporário dos migrantes, afetando cerca de 1,4 milhão de pessoas que entraram no país desde 2023.
A resposta à nova política foi imediata, com críticas de defensores dos imigrantes e ex-funcionários do governo Biden.
Tom Jawetz, ex-advogado sênior do Departamento de Segurança Interna, expressou preocupações legais sobre a medida.
Karen Tumlin, diretora do Justice Action Center, destacou que comunidades americanas acolheram imigrantes de diversos países.
A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) já contestou a política em tribunal federal, argumentando que ela viola a lei federal e os direitos constitucionais.