Apesar das melhorias operacionais, apoiadas pela revisão do sortimento e operações mais enxutas, o JPMorgan rebaixou a recomendação para a ação do GPA (PCAR3) de neutro para equivalente à venda (underweight, exposição abaixo da média, equivalente à venda) devido à geração de caixa desafiadora.
Com isso, às 10h09 (horário de Brasília), os ativos PCAR3 caíam 5,10%, a R$ 2,98, após chegarem a cair mais de 6% na abertura. Cabe lembrar que a Genial Investimentos cortou a recomendação da varejista para neutro na semana passada, citando ‘implicações da redução do diferencial entre inflação geral e inflação alimentar e aumento da taxa de juros ao longo do 1º semestre de 2025, comprometendo a última linha do resultado dado a alavancagem da companhia, estimada em 2,9 vezes‘. Para o JPMorgan, a geração de caixa e o endividamento (com um índice de 3,2 vezes em 2025) continuam sendo uma preocupação, especialmente considerando as taxas de juros mais altas.
Nesse sentido, a empresa tem se manifestado sobre a racionalização de sua presença, podendo fechar ou vender lojas nas regiões norte e nordeste, que têm poucas sinergias com sua operação central em São Paulo. ‘Por outro lado, ainda é cedo, e não vemos ativos significativos que possam ser vendidos rapidamente para melhorar o endividamento de forma substancial‘, avalia a equipe de análise. Além disso, o JPMorgan comenta que não possui fundamentos suficientes para acreditar que uma possível fusão com o Dia melhoraria significativamente suas operações ou balanço patrimonial.
Assim, negociando a cerca de 5,5 vezes Valor (EV)/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) estimado para 2025, o banco reiterou visão negativa com GPA.