O Supremo Tribunal Federal (STF) planeja julgar ainda em 2025 o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta tentativa de golpe de Estado. A Corte busca acelerar a tramitação do caso para evitar interferências na eleição presidencial de 2026. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, deve formar um gabinete especial para analisar as denúncias. A Primeira Turma do STF, responsável por receber as acusações, pode reorganizar sua agenda para garantir espaço para o julgamento.
Apesar das expectativas da Corte de que o julgamento ocorra no primeiro semestre de 2025 ou no início do segundo, advogados de defesa devem adotar estratégias para atrasar o andamento do caso. Recentemente, a PGR denunciou Bolsonaro e outras 33 pessoas por suposto envolvimento em uma trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, planeja apresentar novas denúncias nas próximas semanas, seguindo uma estratégia de fatiamento do caso por núcleos de atuação dos investigados. O próximo passo será a análise do STF sobre o recebimento da denúncia, e, se aceita, os denunciados terão prazo para suas defesas antes da abertura formal da ação penal.