A política global vai passar em 2025 por uma “ressaca eleitoral”, após o ano que está acabando ter levado às urnas um contingente de eleitores estimado em mais de 1,6 bilhão de pessoas.
As disputas presidenciais ou parlamentares em 2024 moveram pessoas na Rússia, Índia, Japão, França, Reino Unido, México, África do Sul, Uruguai, Venezuela e, especialmente, Estados Unidos, entre outros.
Um ponto comum em 2024 foi a forte pressão sobre os partidos e políticos no poder. Segundo lembra o Centro de Assuntos Internacionais de Barcelona (Cidob) em relatório, mesmo as forças incumbentes que resistiram saíram enfraquecidas dessas disputas.
O estudo do think tank espanhol destaca que, cinco anos após a pandemia do coronavírus, muitos países ainda lutam com a dívida pública contraída para combater os danos econômicos e sociais da crise global de saúde. Velhas fraturas sociais e culturais se intensificaram, das guerras culturais à luta pelo controle da informação e bolhas construídas por algoritmos nas mídias sociais.
As eleições nos Estados Unidos, Paquistão, Índia, Romênia, Moldávia e Geórgia deram uma boa conta do poder desestabilizador das narrativas alternativas. Isso deve refletir-se também em 2025, com nações estrategicamente importantes em suas regiões determinando tendências globais.
Dentre as eleições destacadas para 2025 estão Belarus, Equador, Alemanha, Polônia, Bolívia, Canadá, Argentina e Chile, cada uma com seus desafios e impactos únicos no cenário político e econômico internacional.