Na terra do tango, a Argentina está dançando de alegria com o maior superávit comercial de sua história em 2024. O presidente Javier Milei, em seu primeiro ano completo no cargo, está fazendo um verdadeiro malabarismo para aumentar as exportações de grãos e energia. Com promessas de transformar o país em um exportador líquido de energia, aproveitando as vastas reservas de xisto na região de Vaca Muerta, na Patagônia, Milei está mostrando que veio para jogar duro.
As exportações de grãos também estão em alta, com uma ajudinha da flexibilização dos controles cambiais e de um clima favorável. A Argentina, conhecida como o rei da soja e do milho, além de ser uma potência na produção de trigo e carne bovina, está com tudo e não está prosa. Com reservas de lítio, gás de xisto e petróleo, o país está no páreo dos grandes players mundiais.
Os analistas já estão batendo o martelo e prevendo um superávit comercial entre 18 bilhões e 19 bilhões de dólares, superando o recorde anterior de 16,89 bilhões de dólares lá de 2009. E olha só, os dados de dezembro prometem mais alegria, com um superávit estimado em 921 milhões de dólares. De janeiro a novembro, o país já acumula um superávit de 17,20 bilhões de dólares, revertendo um déficit de quase 8 bilhões no mesmo período de 2023.
A economia argentina está dando um show de bola, com Milei reduzindo a inflação para 117,8% ao ano, após um pico assustador de quase 300% em abril. Mas calma lá, os analistas já estão prevendo que o superávit comercial pode dar uma murchada. “Daqui para frente, provavelmente veremos um cenário em que as importações crescerão consideravelmente”, disse Federico Gonzalez, economista da Empiria Consultores. As importações já estão dando sinais de vida, especialmente com o peso argentino se fortalecendo em relação a outras moedas da região e com a redução de impostos sobre alguns produtos. A Argentina está com tudo e não está prosa!