O Banco do Brasil (BBAS3) trabalha com a expectativa de que o risco de crédito na carteira do agronegócio se acomode ao longo de 2025, afirmou a presidente-executiva do banco, Tarciana Medeiros, destacando a previsão de safra recorde no ano.
Os papéis da companhia sediam 2,74%, a R$ 28,09, entre os piores desempenhos do Ibovespa. Com o crescimento previsto para a safra 2025, o banco tende a melhorar a qualidade da carteira do agronegócio, conforme afirmado pela executiva em coletiva de imprensa e teleconferência com analistas.
Geovanne Tobias, vice-presidente de Gestão Financeira e RI, ressalta a relevância do setor e acredita na capacidade dos agricultores de retomar suas operações com a safra recorde. A CEO destaca que a carteira do agronegócio do Banco do Brasil é de R$ 400 bilhões.
No quarto trimestre, a inadimplência na carteira do agronegócio apresentou aumento significativo, chegando a 2,45% em dezembro. Felipe Prince, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos, menciona os desafios enfrentados pelo setor, como a advocacia predatória nas recuperações judiciais e a compressão de margens, principalmente no mercado de soja e milho.
O banco tem se dedicado a orientar os clientes e aprimorar a qualidade da carteira. O CFO justifica a decisão de estabelecer um intervalo de payout entre 40% e 45%, visando flexibilidade na gestão de capital e atração de investidores.
O Banco do Brasil enxerga oportunidades no crédito consignado para o setor privado, especialmente com os planos do governo de fortalecer as concessões de crédito por meio do e-social. As projeções para 2025 incluem uma expansão na carteira de crédito e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em torno de 20%.