O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está pronto para dar um ‘tchauzinho’ em algumas empresas onde investiu e se aventurar em novos negócios, segundo o presidente Aloizio Mercadante. Sem revelar quais ‘cartinhas’ o banco pretende vender, Mercadante destacou a possibilidade de sair de ‘empresas maduras e consolidadas’ para ‘mergulhar em novas piscinas’. No ano passado, as ações renderam mais de R$10 bilhões para o banco, e desde 2023, a carteira de participações valorizou-se em mais de R$19 bilhões. ‘Isso é tipo a valorização das figurinhas das empresas no álbum… antes todo mundo queria trocar as figurinhas, mas acertamos em guardar,’ explicou Mercadante de forma descontraída. A carteira de participações do BNDES atingiu R$82 bilhões em 2024, com destaque para empresas como Petrobras, JBS, Eletrobras e Copel.
Em uma entrevista divertida sobre os resultados do BNDES em 2024, Mercadante também previu ‘desembolsos maiores em 2025‘. Ele destacou que os empréstimos para concessões rodoviárias, setor naval e exportações devem bater recordes, com aprovações de crédito para estradas podendo chegar a R$30 bilhões. Mesmo com a alta dos juros, o banco planeja ampliar os desembolsos e aprovações em 2025. No ano passado, os empréstimos do BNDES totalizaram R$133,7 bilhões, um aumento de 17% em relação a 2023. As aprovações de crédito chegaram a R$212,6 bilhões, com destaque para o crescimento da indústria. O BNDES pretende captar US$2 bilhões para fortalecer seu ‘funding’ e continuará buscando recursos no mercado nacional.
Em 2024, o BNDES registrou um lucro líquido de R$26,4 bilhões, um crescimento de 20,5% em relação a 2023. O banco transferiu R$29,5 bilhões para o Tesouro Nacional em dividendos e planeja aumentar esse valor em 2025. ‘O banco deu uma bela ajuda no bolso do governo em 2024,’ brincou Mercadante.