O ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), comparando o processo jurídico no Brasil a regimes autoritários da Venezuela, Cuba e Bolívia. Em seu perfil no X (antigo Twitter), Bolsonaro chamou a acusação formal de ‘truque’, alegando que em ‘regimes autoritários’ é necessário ‘fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias’.
Os crimes imputados a Bolsonaro pela PGR incluem organização criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado com uso de violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Após a denúncia, Bolsonaro participou de uma reunião com parlamentares da oposição para traçar estratégias de ação. Aliados do ex-presidente tentam contestar a denúncia sob a alegação de provas frágeis reunidas pela Polícia Federal.
A defesa de Bolsonaro classificou a acusação como ‘inepta’, ‘precária’ e ‘incoerente’, baseada em uma ‘narrativa fantasiosa’. O senador Flávio Bolsonaro afirmou que não há ‘nenhuma prova’ contra seu pai e criticou o procurador-geral da República e o ministro Alexandre de Moraes. A denúncia se tornou motivo de comemoração na festa de aniversário do líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, com membros do PT celebrando o acontecimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.