A Caixa Econômica Federal está lançando uma nova linha de crédito imobiliário para pessoas físicas com taxa de juros pós-fixada e atrelada ao CDI. Segundo comunicado do banco antecipado ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a nova modalidade vem como alternativa para atender clientes que queiram financiar imóveis acima de R$ 1,5 milhão ou que já tenham financiamento habitacional ativo na instituição financeira.
O prazo para pagamento é de até 360 meses, e as taxas partem de 114% do CDI. As condições são válidas para imóveis residenciais novos e usados, com o foco inicial nas unidades prontas. Nesta modalidade, a taxa de juros anual será composta por um percentual da média diária do índice do CDI, variando de acordo com o prazo e relacionamento com o banco. O cliente terá como opção o sistema de amortização constante (SAC), com entrada mínima de 30%.
Como a modalidade se enquadra no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), não é possível a utilização dos recursos do FGTS. A linha será lastreada com recursos livres do banco. O pano de fundo para essa medida é a limitação dos recursos das cadernetas de poupança e do FGTS, que são as fontes tradicionais para a concessão de financiamentos imobiliários.
Com os lançamentos e vendas de imóveis em alta no País, há uma demanda aquecida por crédito. Entre janeiro e outubro, a Caixa concedeu R$ 185 bilhões em crédito imobiliário nas linhas que utilizam a caderneta de poupança e o FGTS, representando um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. Para atender a essa demanda, a Caixa limitou o uso dos financiamentos com recursos da poupança para a aquisição de imóveis de até R$ 1,5 milhão e reduziu de 80% para 70% o valor do financiamento em relação ao valor do imóvel (loan to value).