A Cargill está cortando milhares de empregos em todo o mundo devido a dificuldades financeiras após não atingir suas metas de lucro. A empresa, sediada em Minneapolis e líder no comércio de commodities agrícolas, planeja reduzir cerca de 5% de sua força de trabalho de 164 mil funcionários como parte de sua estratégia para 2030. Essas medidas foram comunicadas por Brian Sikes, CEO da empresa, em um memorando interno.
A redução de empregos na Cargill reflete os desafios enfrentados pelo setor de commodities agrícolas, com empresas como Bunge e Archer-Daniels-Midland também sofrendo impactos negativos em seus lucros. Fatores como safras recordes e a diminuição do rebanho de gado nos EUA contribuíram para a pressão sobre a Cargill. Nos últimos anos, a empresa tem se dedicado a se tornar um dos principais processadores de carne bovina nos EUA.
Sikes enfatizou que a maioria dos cortes de empregos ocorrerá ainda este ano e terá como foco simplificar a estrutura organizacional, ampliar as responsabilidades dos gerentes e eliminar redundâncias de trabalho. Além disso, a Cargill já havia anunciado a redução do número de unidades de negócios e cortado empregos na área de tecnologia em diversas localidades.
Os lucros da empresa caíram significativamente, atingindo US$ 2,48 bilhões no último ano fiscal, o menor valor desde 2015-16. Essa queda representa menos da metade do lucro recorde alcançado no exercício anterior.
Diante desse cenário, a Cargill está focada em fortalecer seu portfólio, adaptar-se às tendências do mercado e manter a competitividade. Sikes, que assumiu como CEO no ano passado, está implementando medidas para melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e atender às demandas dos clientes.
A empresa reafirmou seu compromisso em se tornar uma das líderes globais no setor de alimentos e agricultura até o final da década, mesmo diante dos desafios atuais. A decisão de reduzir a força de trabalho faz parte de uma estratégia mais ampla para garantir a sustentabilidade e o crescimento da Cargill no longo prazo.
