A Nomura Holdings Inc., banco de investimento japonês, anunciou cortes salariais para o CEO Kentaro Okuda e outros gerentes seniores como parte das medidas corretivas após alegações de roubo e tentativa de assassinato por um ex-funcionário. Okuda devolverá 30% de seu salário por três meses, enquanto outros nove executivos terão reduções semelhantes ou menores. O incidente em Hiroshima abalou a reputação da empresa em um momento de recuperação dos lucros.
Em entrevista coletiva, Okuda expressou profundo pesar pelas vítimas e envolvidos, destacando a seriedade do caso. A empresa implementou medidas para detectar precocemente condutas inadequadas, como fortalecer a supervisão de visitas aos clientes e obter feedback mais amplo sobre os funcionários. Além disso, prometeu aprimorar o processo de recrutamento e realizar treinamentos éticos.
Este não é o primeiro incidente recente envolvendo a Nomura, que também foi multada por manipulação de mercado. Apesar dos escândalos, as ações da empresa se mantiveram estáveis devido ao aquecimento dos mercados financeiros. Contudo, a repercussão do caso de Hiroshima nas operações de gestão de patrimônio da Nomura permanece incerta, especialmente em um cenário de maior disposição dos japoneses para investir.
A prática de consultas com clientes em suas casas, comum no Japão, está sob escrutínio após o incidente. A Agência de Serviços Financeiros solicitou à Nomura uma análise detalhada do caso e medidas preventivas. A empresa demitiu o ex-funcionário envolvido e colaborou com as autoridades desde o início da investigação.