A desaceleração do IPCA para 0,39% em novembro, divulgada pelo IBGE, gerou preocupações entre analistas sobre a composição da inflação. Embora próximo das projeções do mercado, economistas apontam a pressão contínua em serviços e alimentos como alerta.
Leonardo Costa, economista do ASA, destaca o impacto do aumento nos preços da carne e dos serviços de alimentação e recreação, levando a uma maior média móvel trimestral dos núcleos de serviços. Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, revisou a perspectiva para o IPCA de 2024 para 4,8% devido à dinâmica inflacionária pressionada pelos serviços. Nicolas Borsoi, da Nova Futura Investimentos, menciona influências sazonais na desaceleração do IPCA, mas ressalta a piora na média anualizada dos núcleos e serviços, projetando impactos na política monetária. Economistas do Itaú Unibanco alertam para a pressão persistente em serviços subjacentes, refletindo um mercado de trabalho aquecido. O consenso é que fatores estruturais, especialmente em serviços, exigirão maior vigilância da política monetária nos próximos meses.