Ao longo de novembro a projeção de juros altos por mais tempo se aprofundou entre os agentes do mercado e o resultado foi o IFIX fechando pelo terceiro mês consecutivo em queda. Com uma performance negativa em 2,11%, o principal índice de referência dos fundos imobiliários atingiu seu menor patamar desde maio de 2023.
No ano, a desvalorização é de 5,26%. Mesmo as melhores performances setoriais em novembro foram negativas. Os fundos de ativos financeiros se saíram melhor ao cair -1,6%. Em contrapartida, os fundos de shoppings (-3,9%) e os fundos de fundos (-3,1%) tiveram os piores desempenhos.
Para Larissa Nappo, analista do Itaú BBA, os fundos de ativos financeiros ainda devem continuar liderando os ganhos. *“Os fundos indexados à inflação são boas opções para a composição de um portfólio robusto e diversificado, assim como aqueles que são indexados ao CDI, que devem continuar distribuindo proventos altos, já que a Selic deve alcançar 13,5% em 2025”*, diz em relatório.
Já os fundos que investem em imóveis físicos devem continuar apresentando uma performance pior no índice, embora os fundamentos continuem bons. O documento do BBA pondera que os resultados operacionais dos principais segmentos do mercado imobiliário estão positivos, com queda na taxa de vacância e até aumento dos preços dos aluguéis em algumas praças. *“Seguimos avaliando que o momento pode ser favorável para o início de uma montagem de posição para o longo prazo, comprando fundos de boa qualidade que operam com descontos relevantes no momento”*, diz o relatório.