Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram a previsão para o resultado primário do governo em 2025 e revisaram para baixo a projeção para a dívida pública bruta como proporção do PIB neste ano, conforme revelado pelo relatório Prisma Fiscal de janeiro.
De acordo com o relatório, a expectativa mediana agora aponta para um saldo primário negativo de 84,286 bilhões de reais em 2025, em comparação com a visão anterior de um déficit de 87,265 bilhões de reais. Além disso, as previsões para 2026 também foram divulgadas, indicando um déficit de 79,308 bilhões de reais, em contraste com os 78,779 bilhões de reais coletados no mês anterior.
Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas projetam que ela atinja 81,20% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2025, abaixo da projeção anterior de 82,00%. Para 2026, a previsão é de que a dívida alcance 84,70% do PIB, em comparação com a projeção anterior de 85,53%.
Esses dados surgem em um contexto de preocupações do mercado quanto à capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com incertezas sobre a sustentabilidade fiscal, especialmente diante do aumento dos juros básicos pelo Banco Central, o que tende a elevar o custo da dívida pública.
Apesar das medidas de contenção de gastos anunciadas pelo governo no final do ano passado, o mercado não as recebeu de forma positiva, alegando que tais iniciativas podem não ser suficientes para reequilibrar as contas públicas e a dívida.
No que diz respeito à arrecadação federal, as projeções no Prisma apontam para um aumento tanto em 2025 quanto em 2026. A nova estimativa prevê uma entrada de 2,844 trilhões de reais em 2025, em comparação com os 2,830 trilhões de reais estimados no mês anterior. Para 2026, a arrecadação federal é vista em 3,009 trilhões de reais, contra os 2,993 trilhões de reais projetados em dezembro.
Além disso, as projeções para as despesas totais do governo central também foram ajustadas, com uma estimativa de 2,384 trilhões de reais para este ano e 2,546 trilhões de reais para 2026.