O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, formalizou a designação de oito grupos do crime organizado da América Latina como organizações terroristas estrangeiras, incluindo seis cartéis mexicanos, a gangue venezuelana Tren de Aragua e a salvadorenha MS-13. Essa ação, divulgada recentemente, visa intensificar a repressão a esses grupos nos EUA e pressionar seus aliados regionais.
Após a assinatura do decreto, Elon Musk, assessor especial da presidência dos EUA, mencionou que esses grupos agora são elegíveis para ataques de drones, gerando especulações sobre possíveis ações militares americanas contra os cartéis, como o uso de drones para vigilância ou ataques no México. Essa medida eleva a pressão sobre a administração mexicana, que criticou a ação, rejeitando qualquer intervenção extraterritorial em seu território.
A lista de grupos designados como terroristas inclui seis cartéis mexicanos, como Sinaloa, Jalisco Nova Geração, Golfo, Nordeste, La Nueva Familia Michoacana e United, além de dois grupos de outros países: Tren de Aragua (Venezuela) e Mara Salvatrucha (MS-13) (El Salvador). Por exemplo, o cartel de Sinaloa é conhecido por ser um dos principais produtores de fentanil, droga sintética responsável por milhares de overdoses nos EUA.
Essa designação permite que os EUA imponham sanções mais severas aos cartéis, como o congelamento de ativos e restrições a viagens para seus membros e associados. No entanto, críticos alertam que essa medida pode impactar negativamente empresas e bancos da América Latina, aumentando os riscos legais em transações ligadas aos cartéis. Além disso, há preocupações sobre o impacto nos imigrantes que cruzam a fronteira, pois podem ser vistos como cúmplices de terrorismo, afetando pedidos de asilo e resultando em deportações.