O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nas últimas semanas novas medidas de estímulo econômico que, juntas, equivalem a uma injeção de R$ 30,7 bilhões na economia até 2026, entre programas sociais e liberação de recursos diretamente à população.
A iniciativa vem em meio a uma crise de popularidade da gestão federal. Última rodada de pesquisa Datafolha, divulgada em 14 de fevereiro, mostrou que a avaliação positiva do governo caiu para 24%, o pior índice registrado em todos os mandatos do petista.
Dentre as iniciativas anunciadas, está o pagamento de R$ 1 mil aos estudantes beneficiários do programa Pé-de-Meia, iniciado na última terça-feira (25). Além disso, o governo garantiu a gratuidade de 41 medicamentos pelo Farmácia Popular.
Outra ação prevista é uma medida provisória para permitir o saque do FGTS aos trabalhadores demitidos que aderiram à modalidade saque-aniversário. O governo também pretende reapresentar o projeto do auxílio-gás ao Congresso, visando fornecer gás gratuitamente a 22 milhões de famílias.
O presidente Lula já afirmou que o programa está “quase pronto”. O anúncio do pagamento aos estudantes, feito por Lula em cadeia nacional, gerou alta no dólar e nos juros futuros, refletindo a preocupação do mercado com o equilíbrio fiscal do país.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta do auxílio-gás está sendo ajustada em um sistema de compensação de despesas, buscando evitar impacto negativo nas contas públicas.
O pacote de estímulos sociais acontece em um momento de desgaste político e pode ser um fator decisivo para a popularidade do governo nos próximos meses.