Os herdeiros do empresário Abílio Diniz decidiram vender suas ações detidas por meio de seu Family Office (Península Participações) tanto no Carrefour Brasil quanto na França. De acordo com os registros da empresa, a Península é o segundo maior acionista do Carrefour Brasil, com uma participação de cerca de 7,3% – avaliada em cerca de R$ 890 milhões (US$ 150 milhões) – e detém 3 dos 13 assentos no conselho de administração. Além da fatia no Brasil, o Family Office possui cerca de 8,8% no Carrefour França, equivalente a R$ 5 bilhões.
No último ano, o JPMorgan comenta que não viu mudanças significativas na estratégia ou gestão dentro do Carrefour Brasil. No entanto, embora as mudanças implementadas sob a influência de Diniz tenham sido preservadas, os resultados operacionais não melhoraram conforme esperado inicialmente. Isso pode gerar mudanças estratégicas (positivas e negativas) e reduzir a independência do negócio local em relação à sua controladora na França, segundo analistas. No geral, as ações do Carrefour Brasil devem permanecer sob pressão, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 11,50. A XP avalia a notícia como negativa, adicionando pressão sobre a ação do Carrefour, considerando a importância de Abilio como acionista-chave. Apesar da visão de pressão sobre os ativos, as ações CRFB3 sobem mais de 3% na sessão, seguindo os ganhos do Ibovespa.