O Ibovespa Futuro operava com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (7), com investidores analisando o plano anunciado pelo governo na véspera para zerar a alíquota de importação da carne e outros alimentos a fim de reduzir seus preços, enquanto aguardam dados no Brasil e nos Estados Unidos, além de comentários de uma série de autoridades.
O vice-presidente Geraldo Alckmin apresentou o plano do governo para reduzir preços de alimentos na quinta-feira, apontando que a decisão é parte de um ‘primeiro’ conjunto de medidas, que também inclui zerar as alíquotas de importação de café, açúcar e milho, entre outros produtos.
Na frente de dados, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,2% no quarto trimestre de 2024 ante o trimestre imediatamente anterior. No ano, o avanço foi de 3,4%, na maior taxa desde 2021, totalizando R$ 11,7 trilhões. O dado decepcionou as projeções do mercado. A projeção média de analistas consultados pela Reuters era de alta de 0,5% na comparação trimestral e de 4,1% na base anual.
Também estarão no radar do mercado comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concede entrevista ao vivo ao Flow Podcast, às 19h; e do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, que participa de evento organizado pelo Banco de Portugal, às 13h15.
Às 09h07 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril recuava 0,09%, aos 124.845 pontos.
No exterior, o foco estará em torno da divulgação do relatório de emprego dos EUA para fevereiro, com projeção em pesquisa da Reuters de que os empregadores norte-americanos abriram 160.000 postos de trabalho no mês, ante 143.000 em janeiro.
Também fica no radar a participação do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em fórum da University of Chicago Booth School of Business, às 14h30.
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com alta de 0,18%, S&P500 avançava 0,31% e Nasdaq Futuro subia 0,44%.
O dólar à vista subia 0,06%, aos R$ 5,760 na compra e R$ 5,761 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,10%, aos 5.788 pontos.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em baixa, pressionados pela alta nos rendimentos dos títulos de longo prazo do governo japonês. O desempenho das bolsas asiáticas acompanhou as perdas em Wall Street, após as concessões tarifárias do então presidente dos EUA, Donald Trump, falharem em acalmar os investidores.
Os preços do petróleo sobem, mas devem registrar o maior declínio semanal desde outubro, devido à incerteza em torno da política tarifária dos EUA. As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, mas registram perda semanal devido à guerra comercial entre Washington e Pequim.