Apesar do alívio e das comemorações pela libertação neste sábado das quatro militares israelenses que ficaram reféns do Hamas por 477 dias, o governo de Israel avisou que está adiando a permissão para que palestinos deslocados retornem ao norte de Gaza. Segundo o governo de Benjamin Netanyahu, o grupo armado violou os termos do acordo de cessar-fogo, ao não libertar a prisioneira civil Arbel Yehud, como prometido. Israel disse que não permitirá que os moradores cruzem para o norte da Faixa de Gaza até que sejam feitos arranjos para a libertação de Yehud, de 29 anos.
Yehud foi feita refém em 7 de outubro de 2023 por homens armados do Hamas do Kibutz Nir Oz com seu namorado Ariel Cunio, 27. Seu irmão, Dolev Yehud, foi morto durante o ataque e seus restos mortais foram identificados pelas forças israelenses em junho passado.
O anúncio veio depois que o Hamas libertou quatro soldados do sexo feminino – Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag. Em post no X, Netanyahu, saudou o retorno das quatro soldados israelenses e prometeu trabalhar no retorno de todos os reféns mantidos pelo Hamas. Apesar das suspeitas de que a refém civil pudesse estar morta, uma fonte do Hamas disse à BBC que o grupo havia fornecido ao Egito evidências de que Yehud está viva e será libertada no próximo sábado, com o próximo grupo de reféns.
Enquanto isso, o Serviço Penitenciário Israelense disse que todos os 200 prisioneiros palestinos que deveriam ser libertados hoje foram soltos e que ao menos a metade deles terá permissão para voltar para suas casas na Cisjordânia. No grupo, há 70 prisioneiros que foram condenados por crimes graves e serão deportados através do Egito para países vizinhos como Catar e Turquia. Ao menos 121 dos palestinos libertados esta semana estavam cumprindo penas de prisão perpétua.