O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se defendeu de críticas pela taxa aplicada sobre as plataformas internacionais de comércio eletrônico de uma maneira divertida e descontraída. Em uma participação no podcast Flow, Haddad comparou a cobrança de impostos sobre compras online a um jogo de adivinhação, onde os governadores estaduais são os verdadeiros ‘mágicos’ por trás das taxas. Ele ressaltou que o ICMS, um imposto estadual, é o primeiro ‘truque’ que aparece nas ofertas online, e brincou dizendo que os consumidores nem sabem qual governador está ‘taxando a mágica’.
Sobre o imposto de importação de 20% nas compras online, Haddad mencionou que foi aprovado por unanimidade no Congresso, com até o ex-presidente Jair Bolsonaro ‘aplaudindo de pé’ nos bastidores. Ele ainda fez uma analogia inusitada, comparando a repetição de mentiras à técnica de ilusionismo de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista.
O ministro explicou que as taxações em compras internacionais foram uma resposta do varejo, que pediu ‘mágica’ para equilibrar os impostos. Ele destacou a dificuldade de combater fake news no ambiente virtual, comparando a batalha contra desinformação a um duelo de magos, onde ‘um exército pago’ tenta macular reputações.
Haddad também abordou a complexidade da política fiscal, comparando-a a resolver um enigma em uma planilha de Excel. Ele enfatizou que o verdadeiro desafio não está nos números, mas sim nas pressões políticas de grupos empresariais. O ministro ressaltou a importância de equilibrar gastos e benefícios para manter a estabilidade econômica, destacando a necessidade de ajustes para conter a inflação e garantir o crescimento sustentável.
Na entrevista, Haddad comentou sobre o PIB e a taxa de desemprego, usando uma linguagem descontraída para abordar temas econômicos complexos. Ele finalizou pregando a importância de uma ‘mágica’ calibrada entre oferta e demanda para evitar surpresas desagradáveis, como a alta do café no mercado internacional.