O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutiu em uma conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) a situação econômica do Brasil, destacando a inflação em torno de 4% a 5% como um indicador dentro da normalidade para o Plano Real. Haddad ressaltou a influência do câmbio e da valorização do dólar na pressão inflacionária, levando o Banco Central a adotar uma postura contracionista para controlar os preços.
Além disso, o ministro abordou a reforma tributária e o ajuste fiscal em andamento, enfatizando que o país não enfrenta uma recessão. Ele prevê um crescimento de cerca de 3,5% em 2024, mesmo com o aumento das taxas de juros para atingir as metas de inflação. Haddad também mencionou a estabilização do dólar e sua influência na contenção da inflação.
Durante o evento, Haddad defendeu a busca por equilíbrio e sustentabilidade, mesmo diante de desafios externos como a valorização do dólar. Ele ainda destacou a presidência do Brasil no G20, defendendo uma reglobalização sustentável que considere não apenas interesses de mercado, mas também a redução das desigualdades regionais e a distribuição equitativa de oportunidades econômicas.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, que mediou o debate, ressaltou a importância da resiliência econômica diante dos crescentes choques, defendendo a capacidade das economias de antecipar e absorver tais impactos.