O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), respondeu às críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em uma discussão pública. Haddad destacou que a dívida do estado aumentou significativamente durante a gestão de Zema, atribuindo um crescimento de 55% de 2018 a 2024. Ele apontou que esse aumento não se deu apenas pelos juros, mas também devido a atrasos nos pagamentos, incluindo calotes em valores expressivos devidos ao governo federal e instituições financeiras, tornando Minas Gerais um dos estados mais endividados do país.
Em resposta, Zema defendeu a gestão fiscal de Minas Gerais, mencionando que o estado manteve as contas equilibradas nos últimos anos, com déficit zero desde 2021 e pagamentos significativos à União. A discussão se estendeu com Haddad apontando que, até o final de 2023, o governo mineiro ainda possuía dívidas em atraso com credores privados, evidenciando dificuldades financeiras.
Haddad enfatizou a importância do estado cumprir com suas obrigações financeiras e destacou o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) como uma iniciativa para promover o ajuste fiscal. Ele ressaltou que o acordo visa auxiliar estados com dificuldades financeiras a encontrarem soluções para suas dívidas, demonstrando um esforço fiscal da União em apoio aos entes federativos, especialmente os mineiros.