A Volkswagen e seus sindicatos estão enfrentando desafios significativos para chegar a um consenso sobre o excesso de capacidade produtiva na Alemanha. As recentes conversações, embora descritas como construtivas, ainda não resultaram em uma solução definitiva. O negociador-chefe da Volkswagen, Arne Meiswinkel, expressou a distância existente entre as partes após mais de sete horas de discussões. Por outro lado, o representante dos trabalhadores, Thorsten Groeger, destacou a natureza construtiva das negociações, sinalizando a disposição dos sindicatos em retornar à mesa de negociações em dezembro.
Os sindicatos rejeitam veementemente o fechamento de fábricas da Volkswagen na Alemanha, enquanto a montadora considera essa possibilidade como parte de seus esforços para competir com rivais asiáticos. Com cerca de 68 mil trabalhadores participando de paralisações em Wolfsburg, o sindicato IG Metall enfatizou a inédita mobilização dos trabalhadores. A resistência dos trabalhadores a cortes salariais e fechamentos de fábricas pode intensificar a pressão sobre a Volkswagen, levando a greves prolongadas.
A Volkswagen argumenta que os cortes de custos e capacidade são cruciais devido à queda na demanda por carros na Europa e à necessidade de competir com concorrentes chineses. O presidente-executivo, Oliver Blume, defendeu as medidas como essenciais em um cenário de mudanças rápidas. Embora o impacto total das greves ainda não esteja claro, o sindicato relatou a interrupção da produção de centenas de carros em Wolfsburg.