A política global está prestes a passar por uma ‘ressaca eleitoral’ em 2025, após um ano movimentado com mais de 1,6 bilhão de eleitores indo às urnas. Países como Rússia, Índia, Japão, França, Reino Unido, México, África do Sul, Uruguai, Venezuela e, especialmente, Estados Unidos, tiveram disputas presidenciais e parlamentares em 2024.
Um ponto em comum foi a pressão sobre os partidos e políticos no poder, resultando em mudanças significativas. O Centro de Assuntos Internacionais de Barcelona destacou que mesmo forças incumbentes saíram enfraquecidas, como no Japão, Índia e África do Sul.
Após cinco anos da pandemia, muitos países ainda lidam com dívidas públicas, refletindo um mundo mais endividado e digitalizado. As divergências entre as grandes potências globais têm se intensificado, afetando objetivos climáticos, econômicos e geopolíticos.
Em 2025, as eleições em Belarus, Equador, Alemanha, Polônia, Bolívia, Canadá, Argentina e Chile terão impacto estratégico em suas regiões, refletindo as fraturas sociais e culturais intensificadas. As eleições na Bolívia, por exemplo, ocorrerão em meio a uma disputa de lideranças e violência política.
No Equador, as eleições gerais em fevereiro trarão desafios para o presidente Daniel Noboa, enquanto na Alemanha, a eleição antecipada em fevereiro pode marcar o retorno da coalizão liderada pela CDU. Na Polônia, a eleição presidencial será um referendo sobre o governo da Coalizão Cívica, com impacto na agenda legislativa.
No Canadá, as eleições federais em outubro testarão a popularidade do primeiro-ministro Justin Trudeau, enquanto na Argentina, as eleições legislativas em outubro serão cruciais para o presidente Javier Milei. No Chile, as eleições gerais em novembro trarão mudanças na coalizão política de centro-esquerda no poder.
Prepare-se para um ano eleitoral intenso e cheio de oportunidades e desafios que moldarão o cenário político global em 2025.