O Partido Democrático Trabalhista (PDT) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir ao Banco Central (BC) um ‘upgrade’ no processo de decisão sobre a taxa básica de juros.
Segundo o PDT, a definição da Selic deve ser como escolher o sabor do sorvete, considerando o impacto nos gastos públicos e na dívida pública, além de levar em conta o efeito nos empregos, na luta contra a pobreza e na redução das desigualdades sociais.
O partido quer uma revisão ‘engraçadinha’ dos parâmetros usados para medir as expectativas do mercado, abrindo o Boletim Focus para ‘convidados especiais’ não ligados ao mundo financeiro.
Além disso, eles pedem para ‘pausar’ os efeitos da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a Selic foi elevada para 12,25% ao ano.
O PDT, liderado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), quer que o STF transforme as decisões do BC em algo mais ‘divertido’, sem perder o foco na economia.
Eles alegam que a decisão do Copom pode ‘bagunçar’ as contas públicas em quase R$ 100 bilhões, o que é quase o mesmo que gastar em um supermercado.
O partido critica a falta de consideração do Copom sobre o impacto da taxa de juros no mercado de trabalho e na vida dos cidadãos.
Para o PDT, o BC precisa criar uma ‘fórmula mágica’ para calcular a meta da Selic, levando em conta os preços dos produtos ‘inflacionados’ e o efeito das decisões nos empregos e nas contas do governo.
Eles afirmam que os preços dos produtos ‘exclusivos’ ou ‘controlados’ pelo governo não são afetados diretamente pela taxa de juros, como se fossem ‘imunes a feitiços’.