Promotores da Coreia do Sul indiciaram neste domingo (26) o presidente deposto do país, Yoon Suk Yeol, por insurreição. Em dezembro, ele tentou fechar o parlamento sul-coreano após declarar lei marcial. Na época, o político disse que adotou a medida porque o poder legislativo, controlado pela oposição, queria ‘paralisar’ seu governo. O movimento desencadeou a pior crise política do país em décadas. Yeol sofreu impeachment e foi preso no mês passado.
“Após uma análise abrangente das provas obtidas durante as investigações, os promotores concluíram que era apropriado processar o réu”, disse o MP do país em um comunicado. Ainda segundo o órgão, ele deve continuar preso por causa do ‘risco contínuo de destruição de provas’. Os advogados de Yoon contestam a acusação de insurreição e disseram em comunicação que vão lutar na Justiça. ‘A declaração de lei marcial de Yoon não pode ser reconhecida como insurreição. Estamos convencidos de que a verdade prevalecerá em um tribunal.’
Yoon Suk Yeol é o primeiro presidente da Coreia do Sul a enfrentar acusações criminais enquanto ainda estava no cargo. A maioria dos sul-coreanos aprova o impeachment dele e o considera culpado pelo crime, de acordo com pesquisas de opinião pública citadas pelo The New York Times.