Surpresos e felizes, prisioneiros escapavam das prisões sírias neste domingo, gritando de alegria enquanto deixavam um dos sistemas carcerários mais duros do mundo e caminhavam para a liberdade após o colapso do governo de Bashar al-Assad.
A queda de Bashar al-Assad marca o fim de uma dinastia que governou a Síria por cinco décadas.
Um vídeo verificado pela Reuters mostrou prisioneiros recém-libertados correndo pelas ruas de Damasco, levantando os dedos de ambas as mãos para mostrar quantos anos haviam passado na prisão, perguntando aos transeuntes o que havia acontecido, sem entender que Assad havia caído. Durante a guerra civil que começou em 2011, as forças de segurança mantiveram centenas de milhares de pessoas presas em campos de detenção onde a tortura era uma prática comum.
Conforme os insurgentes tomavam o controle das cidades, a libertação das prisões era um dos primeiros objetivos. As prisões mais notórias em Damasco e arredores foram finalmente abertas, trazendo momentos emocionantes de reencontros entre prisioneiros e suas famílias.
Os rebeldes sírios declararam ter deposto o presidente Bashar al-Assad após assumirem o controle de Damasco. A notícia foi recebida com celebrações e esperança por parte da população. No entanto, os novos líderes enfrentarão desafios significativos para reconstruir o país e garantir estabilidade em meio a facções concorrentes e interesses internacionais.
A queda de Assad reverberou internacionalmente, surpreendendo as capitais árabes e levantando preocupações sobre a estabilidade na região. Os próximos passos na Síria serão cruciais, com a necessidade de apoio financeiro e investimentos para a reconstrução pós-guerra.
A segurança das instalações militares russas e a transição de poder para um órgão governamental de transição são aspectos-chave a serem monitorados. O ressurgimento do Estado Islâmico e as relações com potências regionais como Israel e Irã também são preocupações imediatas para os novos líderes sírios.