O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, argumentou nesta terça-feira (25) que a economia norte-americana é mais frágil do que as métricas sugerem e prometeu ‘reprivatizar’ o crescimento, cortando gastos e regulamentações do governo.
Em seu primeiro grande discurso sobre política econômica, na embaixada da Austrália em Washington, Bessent disse que a volatilidade da taxa de juros, a inflação estável e a dependência do setor público para o crescimento de empregos prejudicaram a economia dos EUA, apesar do resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) e do baixo desemprego.
No discurso, Bessent culpou os ‘gastos excessivos prolíficos‘ do ex-presidente Joe Biden e as regulamentações que prejudicaram o crescimento do lado da oferta como os principais impulsionadores da ‘inflação persistente‘. Ele destacou a concentração de empregos nos setores públicos e adjacentes ao governo, como saúde e educação, e a diminuição ou estagnação de empregos em setores privados como manufatura, metais, mineração e tecnologia da informação.
Bessent enfatizou a necessidade de reprivatizar a economia, mencionando ações do governo Trump para fortalecer o setor privado, como cortes de regulamentações, extensão de cortes de impostos e políticas tarifárias. Ele defendeu as tarifas como uma ferramenta essencial para aumentar a capacidade industrial, proteger empregos, gerar receita governamental e corrigir desequilíbrios internos, especialmente em relação à China.
Bessent também abordou a questão das tarifas recíprocas e discutiu a situação da Austrália em relação aos acordos comerciais com os EUA. Ele mencionou a solicitação da Austrália para ser isenta das tarifas globais de aço e alumínio e destacou que a decisão caberia ao Departamento de Comércio e ao USTR.