No Brasil, nesta sexta-feira (7), a atenção se volta para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2024, que será apresentada às 9h, e poderá trazer uma visão mais detalhada do desempenho da economia no final do ano passado.
Às 15h, será publicado o resultado da balança comercial de fevereiro, um dado importante para avaliar a dinâmica das exportações e importações do país. Esses números podem fornecer informações sobre o crescimento do Brasil, bem como sobre o equilíbrio das trocas comerciais.
Nos Estados Unidos, a agenda começa com a divulgação da folha de pagamento não agrícola (payroll) às 10h30, dado chave para entender o ritmo de contratação nas empresas. Junto a ele, será divulgada a taxa de desemprego do país, também referente ao mês de fevereiro, o que ajudará a medir a saúde do mercado de trabalho norte-americano. Ambos os dados têm o poder de influenciar a política monetária do Federal Reserve (Fed), caso mostrem sinais de aquecimento ou desaceleração na economia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia sua agenda às 9h50 com uma visita às áreas de produção de goiaba, café e milho em Campo do Meio, Minas Gerais. Ao meio-dia, participa da cerimônia de entregas e anúncios para a reforma agrária na Escola Popular Eduardo Galeano. Às 13h35, encerra seus compromissos com uma sessão de fotografia ao lado de lideranças e representantes de movimentos sociais.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de uma entrevista ao vivo no Flow Podcast com o apresentador Igor 3K às 19h. O diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, passa a manhã em deslocamento para Lisboa, Portugal. À tarde, às 16h15 (horário local), participa da conferência Monetary Transmission and the Labour Market, organizada pelo Banco de Portugal, em Lisboa.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursará à tarde em um fórum de política monetária, enquanto o banco central se prepara para sua próxima reunião, nos dias 18 e 19 de março. Além de Powell, também discursam nesta sexta outros dirigentes do banco central dos EUA: John Williams, presidente do Fed de Nova York; Michelle Bowman, membro do Conselho de Governadores; e Adriana Kugler, também integrante do conselho.
No Brasil:
9h – PIB (4º trimestre)
15h – Balança comercial (fevereiro)
EUA:
10h30 – Criação de vagas (fevereiro)
10h30 – Taxa de desemprego (fevereiro)
Zona do Euro:
7h – PIB
Internacional:
O presidente Donald Trump anunciou que isentará o México das novas tarifas de 25% sobre bens e serviços incluídos no USMCA (acordo Estados Unidos-México-Canadá), oferecendo alívio a um parceiro comercial importante. A decisão é válida até 2 de abril. Trump também estudava uma isenção para bens canadenses, com expectativa de uma decisão oficial. Apesar disso, não está claro se o Canadá será totalmente isentado, embora automóveis e peças já tenham sido excluídos. As tarifas incluem uma nova rodada planejada para abril, afetando setores como automóveis e produtos farmacêuticos. A medida gerou quedas nas ações dos EUA e no mercado, embora o peso mexicano e o dólar canadense tenham se valorizado. Trump associou as tarifas ao combate ao fentanil ilícito e à migração.
Telefonema:
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por uma ligação “excelente e respeitosa” na quinta-feira, e prometeu que o México continuará a trabalhar em segurança e imigração, após os EUA decidirem reduzir temporariamente as tarifas sobre algumas importações mexicanas. Sheinbaum afirmou que ambos os países seguirão colaborando para conter o fluxo do opioide fentanil do México para os EUA.
Incompreensíveis:
O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou como “incompreensíveis” as tarifas americanas sobre produtos europeus e expressou a esperança de “dissuadir” Donald Trump durante um discurso à nação na noite de quarta-feira (5). Macron alertou que os Estados Unidos podem decidir aplicar tarifas também sobre produtos europeus, como fizeram com o Canadá e o México, e que isso terá impacto em algumas indústrias da Europa. O líder francês já havia se manifestado sobre o tema na última sexta-feira (28), afirmando que a União Europeia responderia com tarifas recíprocas, especialmente sobre aço e alumínio.
Sem acordo:
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que o país continuará em uma guerra comercial com os EUA, após uma “ligação colorida” com o presidente Donald Trump. Trudeau reiterou que o Canadá manterá suas tarifas de 25% sobre importações dos EUA até que as tarifas de Washington sejam removidas. Ambos discutiram a possibilidade de adiar a segunda rodada de tarifas de 25% sobre mais 125 bilhões de dólares canadenses em importações. Trump isentou temporariamente as montadoras canadenses e mexicanas do USMCA. Trudeau também destacou que uma solução ganha-ganha seria mais benéfica para ambos os países no comércio internacional.