As ações da SLC Agrícola (SLCE3) estão em alta, subindo 2,95% por volta de 15h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (7), a R$19,22. Essa valorização ocorre após a empresa anunciar a aquisição de 100% da Sierentz Agro Brasil por US$135 milhões. A transação inclui a compra de 96 mil hectares de terras arrendadas nos estados do Maranhão, Piauí e Pará, com potencial de expansão para 135 mil hectares considerando a segunda safra. O mercado recebeu positivamente o anúncio, destacando a importância estratégica da operação.
O acordo de arrendamento de terras, modelo preferido pela SLC para impulsionar seu crescimento, resultará em um aumento de 100 mil hectares na área plantada, representando um crescimento de 13% em relação à área atual da companhia.
O JP Morgan prevê que a transação aumentará o Ebitda da empresa em cerca de 8%, devido ao foco das novas terras em soja, milho e, gradualmente, algodão. A diversificação geográfica para os estados do Norte e Nordeste visa reduzir riscos climáticos, fortalecendo a base da companhia.
O Bradesco BBI também enxerga a transação de forma positiva, alinhada com a estratégia de crescimento por meio de arrendamentos da SLC. A aquisição superou as metas da empresa, com uma expansão que ultrapassa as expectativas do mercado, representando um desembolso de aproximadamente R$588 milhões.
Para mais detalhes, acesse: SLC faz acordo para comprar Sierentz Agro Brasil por US$ 135 mi
A expansão das terras deve adicionar R$200 milhões ao Ebitda projetado para 2026, um incremento de cerca de 7% no lucro da empresa. O Itaú BBA destaca que o acordo expande a área cultivada da SLC, mantendo o equilíbrio entre terras arrendadas e próprias, com uma estratégia de crescimento controlado.
Apesar do crescimento, a SLC manterá uma alavancagem confortável, em torno de 2x, sem expectativas de crescimento acelerado no curto prazo. O foco será na integração das novas propriedades e otimização da produção, podendo resultar em uma desaceleração do crescimento imediato.
Os analistas alertam para alguns riscos que podem impactar o desempenho da SLC, como a variação nos preços das commodities e do câmbio, além de condições climáticas imprevisíveis. As recomendações dos bancos para as ações da SLC variam, com o JP Morgan e Bradesco BBI mantendo recomendação neutra, enquanto o Itaú BBA vê perspectivas positivas, recomendando desempenho acima da média do setor.