As taxas dos DIs fecharam a quarta-feira em forte queda no Brasil, em especial entre os contratos a partir de janeiro de 2027, com a curva a termo brasileira acompanhando o recuo firme dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após a divulgação de dados de inflação favoráveis nos Estados Unidos.
No entanto, a perspectiva de corte maior dos juros norte-americanos e a incerteza em relação à trajetória dos juros para 2025 podem representar desafios econômicos significativos. A queda das taxas dos DIs, embora positiva no curto prazo, pode mascarar problemas locais, como a queda no volume de serviços no Brasil e o déficit primário do governo central. Esses indicadores apontam para uma perda de ímpeto da atividade econômica e desafiam a sustentabilidade da melhora da inflação nos EUA.
A incerteza quanto às políticas do presidente eleito dos EUA e seus impactos a longo prazo também são fatores de risco a serem considerados. Apesar da euforia momentânea nos mercados, os investidores devem estar atentos aos possíveis desdobramentos negativos que podem surgir.